Revista Online Conexao Afro

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Chega amanhã em Porto Alegre Dr. Sidnei Barreto Nogueira

In Comunidade Tradicional de Terreiros on Maio 31, 2011 at 1:05 am

N°1- 31   de maio  ano 2011 -Guaíba- RS –Brasil
REVISTA CONEXÃO AFRO

SidneiO Doutor em línguistica paulista Sidnei Barreto Nogueira  chega a Porto Alegre nesta quarta-feira (01/06) para o Lançamento do Livro Coisas do Povo de Santo,  que ocorre nos dias 02,03,04 de junho , também  estará realizando capacitação para professores. Além destas atividades, o  professor  realiza ainda uma oficina da língua yorubá, casa de tradição afrogaúcha Assobecaty o Ilê de Mãe Carmen de Oxalá.

Lançamento “Coisas do Povo do Santo” em Guaíba (RS)

Dia 2 de junho às 18hs

Lançamento “Coisas do Povo do Santo” em Esteio (RS)

Dia 3 de junho às 19hs

Lançamento “Coisas do Povo do Santo” em Porto Alegre (RS) Dia 5 de junho às 120 hs

Acompanha a obra do professor Sidnei, a convite do mesmo, uma explanação da Yalorixá Carmen de Oxalá, que introduz o leitor à desmistificação dos assuntos do Povo de Axé. Por conta desta parceria, a Associação Beneficente Cultural Africana Templo de Yemanjá – Assobecaty, terreiro da Yalorixá, é a anfitriã do professor, promovendo uma farta agenda cultural extensiva ao estado.

 

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Morre pesquisador e babalorixá José Flávio Pessoa de Barros

In Comunidade Tradicional de Terreiros on Maio 30, 2011 at 1:38 am

N°1- 30  de maio  ano 2011 -Guaíba- RS –Brasil
REVISTA CONEXÃO AFRO
O pesquisador e babalorixá com um de seus livros Foto: Fábio Seixo Cíntia Cruz

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Religiosos de matrizes africanas lamentam a morte do babalorixá, professor e escritor, José Flávio Pessoa de Barros, nesta segunda-feira, aos 66 anos. O sacerdote públicou dezenas de títulos sobre religiosidade. Babalaô e membro da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa, Ivanir dos Santos, ressaltou a perda dupla sofrida com a morte de José Flávio.

– Além de ser um brilhante intelectual que pesquisava os temas referentes às religiões, era um sacerdote que mantinha sua casa, seguindo as tradições.

A Presidente da Congregação Espírita Umbandista do Brasil (Ceub), sacerdotisa Fátima Damas, também manifestou seu pesar pelas perdas religiosa e intelectual sofridas com o falecimento do acadêmico.

Rosiane Rodrigues, jonalista e blogueira do “Religião e Fé”, lamentou a morte dos dois importantes nomes do candomblé: José Flávio e Abdias do Nascimento, que morreu na última terça-feira.

– A comunidade afro-religiosa perdeu dois grandes símbolos nestes últimos dias. José Flávio tinha consciência política e postura religosa. Era da academia, mas também tinha um compromisso muito grande com o orixá.

O corpo de José Flávio será sepultado nesta terça-feira, no Cemitério do Pechincha, na Rua Retiro dos Artistas,307, Pechincha, Jacarepaguá, às 10h. A causa da morte não foi divulgada.

Fonte: http://extra.globo.com/noticias/religiao-e-fe/morre-pesquisador-babalorixa-jose-flavio-pessoa-de-barros-1915815.html

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Missa Afro faz homenagem a Abdias do Nascimento

In Comunidade Tradicional de Terreiros, negritude, Polítca, ROUXINOL: Coluna de Egbomi Concceição Reis de Ogum on Maio 28, 2011 at 11:06 pm

N°1- 28 de maio  ano 2011 -Guaíba- RS –Brasil
REVISTA CONEXÃO AFRO

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A Coordenadoria dos Assuntos da População Negra (CONE), da Secretaria de Participação e Parceria (SMPP), junto com a Pastoral Afro realizam uma missa afro em memória de Abdias do Nascimento. A celebração acontece nesta sexta-feira, 3, na Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos a partir das 19 horas.

Ativista do movimento negro, Abdias do Nascimento faleceu de insuficiência cardíaca em 23 de maio de 2011. Com uma carreira toda voltada as questões da população negra, Abdias foi deputado, secretário estadual e senador pelo Rio de Janeiro, e também foi pintor autodidata, escritor, jornalista, poeta e ator.

Natural de Franca, interior de São Paulo, Abdias do Nascimento, foi o primeiro deputado federal do país a se dedicar à defesa dos direitos dos afro-brasileiros. Entre as conquistas do ativista está a fundação do Teatro Experimental do Negro, em 1994.

Ao longo da vida, Abdias recebeu honrarias de vários países como Estados Unidos, México e Nigéria, além de condecorações na Unesco e ONU. No Brasil, recebeu a Ordem do Rio Branco, no grau de Comendador, a honraria mais alta outorgada pelo governo brasileiro.

Serviço:

Missa Afro em homenagem a Abdias do Nascimento

Quando: 03/06
Horário: 19 horas
Onde: Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos – Largo Paissandú, Centro de São Paulo

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Lançamento do documentário Ser Quilombola

In Conexão Afro, negritude on Maio 28, 2011 at 10:43 pm
N°1- 28   de maio  ano 2011 -Guaíba- RS –Brasil
REVISTA CONEXÃO AFRO

CEAO – Centro de Estudos Afro-Orientais

O evento ocorrerá em 7 de junho, às 10hs, no Saguão da Assembléia Legislativa da Bahia, localizada no CAB

O documentário Ser Quilombola discorre sobre os principais elementos que constituem a identidade quilombola a partir das comunidades de São Francisco do Paraguaçu e Porteiras, localizadas, respectivamente, nos municípios de Cachoeira e Entre Rios. Ao discorrer sobre os aspectos identitários, traz à tona o debate sobre os critérios da autodefinição e territorialidade do decreto 4.887/03 que está sob ameaça no Supremo Tribunal Federal.

Esse decreto foi criado pelo Governo Federal para regulamentar o processo de regularização fundiária e funciona como importante aliado no processo de efetivação de políticas públicas dessas comunidades. A produção audiovisual, dirigida pela jornalista Jaqueline Barreto, conta com a participação dos historiadores Ubiratan Castro e João José Reis, da socióloga e professora da Universidade Federal da Bahia, Lídia Cardel, da representante da Fundação Cultural Palmares, Luciana Mota, e do sociólogo Walter Altino.

As comunidades apresentadas pelo documentário possuem aspectos singulares: Porteiras possui um documento do Séc. XIX de doação da terra pelo ex-proprietário da Fazenda Porteiras aos escravos, mas, mesmo assim, após mais de 100 anos de tentativas, o território ainda não foi titulado e São Francisco do Paraguaçu ganhou repercussão internacional devido a uma reportagem exibida em 2007 pelo Jornal Nacional que, por sinal, resultou na paralisação de todos os processos da Fundação Cultural Palmares e do Instituto de Colonização e Reforma Agrária(INCRA).

Segundo essa reportagem, a comunidade de São Francisco do Paraguaçu não se constituiria como uma comunidade quilombola. O documentário “SER QUILOMBOLA, ao abordar as nuances da identidade quilombola, surge também como um direito de resposta dessa comunidade às denúncias equivocadas da maior emissora do Brasil. Além disso, tem como finalidade contribuir com a elevação da auto-estima dos descendentes dos quilombos e, acima de tudo, como material didático a ser utilizado pelas diversas instituições de ensino. As comunidades de Porteiras e São Francisco do Paraguaçu participarão do lançamento e o público será contemplado com distribuição gratuita do documentário. O evento conta com o apoio da Comissão Especial da Promoção da Igualdade da Assembléia Legislativa, ONG& nbsp; Omi-DùDú, Instituo Mídia Étnica e CMA Hip Hop.

Quando: 7 de junho

Horário: às 10hs

Local: Saguão da Assembléia Legislativa da Bahia, CAB

CEAO – Centro de Estudos Afro-Orientais

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Coisas do Povo do Santo

In Comunidade Tradicional de Terreiros, Conexão Afro, Educação on Maio 27, 2011 at 11:41 pm

N°1- 27  de maio  ano 2011 -Guaíba- RS –Brasil
REVISTA CONEXÃO AFRO

Este livro, como o próprio título anuncia, trata das “coisas do Povo do Santo”, expressão comum entre os adeptos das comunidades-terreiro de Candomblé no Brasil.Cantos, danças, trajes rituais, comidas, divindades e uma série de outros elementos de origem Yorubá são revelados ao leitor, iniciado ou não, por meio de uma linguagem acessível e capaz de conduzir o interessado a uma roda de conversa, própria das sociedades de tradição oral.Dr Sidnei Barreto

Na condição de linguista, com estágio de doutorado em Línguas Africanas realizado no CNRS-LLACAN, Centre National de la Recherche Scientifique – Langage, Langues et Cultures d’Afrique Noire, o autor, Professor Dr. Sidnei Barreto Nogueira, evidencia suas principais preocupações em relação à África no Brasil: (i) um registro da língua Yorubá que respeite todos os níveis do sistema lingüístico; (ii) a produção de um texto que, para o leitor leigo ou não, soasse harmônico e agradável; (iii) a necessidade de uma obra acessível a todos (iv) a desconstrução de estigmas correntemente relacionados aos valores civilizatórios da África Negra no Novo Mundo e (v) a divulgação de uma produção acadêmica capaz de estimular o respeito aos sagrados saberes do povo do santo. Em suma, de acordo com o professor, não se trata de uma obra que quer convencer alguém de alguma coisa ou ensinar algo, mas de um conjunto de textos despretensiosos que, por meio da informação, quer fazer da sociedade um lugar mais igual e menos preconceituoso. Após o mestrado e doutorado realizados com os falares e saberes da África no Brasil, o linguista acrescenta que, antes da publicação de qualquer outra obra, precisava publicar uma que explicitasse a sua gratidão a essas sociedades.

O editor

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Querem expulsar Ogum de São Bernardo

In ROUXINOL: Coluna de Egbomi Concceição Reis de Ogum on Maio 27, 2011 at 10:59 am

N°o 1- 27  de  Maio ano 2011 -Guaíba- RS -Brasil
REVISTA CONEXÃO AFRO

Saudações irmãos

Acabo de chegar da Câmara Municipal, onde 47fdd53b315d9ad11ad189f32b3e9638ficamos de guardiões de Ogum até as 22hs.

As 14:30 hs o panorama que encontramos na Câmara era de indiferença, havia rumores pelos gabinetes que estavam passando um abaixo assinado para a retirada de Ogum, não tivemos acesso a está informação, mas quando chegamos de forma organizada, articulada e com firmeza, o diálogo começou a vigorar.

Fui ao Gabinete do vereador Marcelo Lima que havia autorizado a solenidade da viúva, nos atendeu cautelosamente, pois sabidamente percebeu que não estávamos lá para pedir e sim exigir o cumprimento de nossos direitos. Ouviu-me atentamente e desceu até o saguão onde a imagem de São Jorge estava exposta. Diante de um grupo representativo, que com suas vestimentas religiosas e portando máquinas que registravam seu discurso, inferiu que desconhecia o que acontecia pois havia recebido de herança partidária a solicitação da monção póstuma a um engenheiro, amigo do então Presidente da Câmara, Otávio Manente (falecido recentemente) e apenas cumpria um protocolo, inferiu que a viuva Srª Ângela, no papel de evangélica tinha seus motivos para não aceitar fazer uma homenagem diante de nosso Santo. O vereador foi cobrado em seu papel de representante do povo e no compromisso ao Estado Laico, o mesmo se viu acuado e passou a bola, referiu que não se incomodava com a imagem no local e entendia nossa colocação, mas não nos garantiu que esta ordem fosse acatada pelo Cerimonial, pois a segurança já havia recebido ordens para retirar a imagem às 17h30min. Junto com o vereador , fomos conversar com o chefe do Cerimonial Sr Marcelo Rocco, que mesmo mostrando-se flexível, não nos garantiu que a imagem não seria removida, solicitou que os vereadores envolvidos Marcelo Lima e José Ferreira se reunissem com o Presidente da Câmara Sr Minami, para chegar a uma decisão, bem pq nos próximos dias haveria outras solenidades neste mesmo saguão. No aguardo desta reunião procurei auxilio junto a Prefeitura, mas não foi possível interferência de imediata, a não ser da Secretária de Planejamento que encaminhou solicitação a Secretaria de Governo para articulação. Retornando a Câmara fomos informados que o Presidente da Câmara havia acatado a autorização que tínhamos de uso do local, pois esta havia sido protocolado anterior ao pedido da viúva, no entanto não nos atendeu enviou o Chefe do cerimonial para informar. Na ocasião o local estava sendo decorado para festa e fomos tratados com hostilidade pelo grupo, que referiam nossa falta de respeito à viúva, que sofria com a perda e não era obrigada a estar no mesmo espaço que nós.

Deste local publico retiraram o balcão, computador, máquinas, extintor de incêndio, só para atender aos caprichos de uma cidadã que fez do órgão público um Buffet de luxo. Só não conseguiu retirar o Santo.

A forma que a viúva se referia a imagem do Santo”Esse aí”, irá atrapalhar nossa festa.

A visível discriminação fez que nos posicionássemos frente à imagem de São Jorge como verdadeiros guardiões, a viúva atrasou em uma hora seu evento para que fossemos embora neste horário, pois nossa autorização de permanência no documento era até às 20hs, mesmo contrariada e avaliando que nossas garantias estavam registradas em uma autorização, saí do saguão, para evitar provocações, mas me sentindo humilhada, como se precisasse de autorização da SINHÁ pra expressar minha fé. Ficamos até o final do evento da viúva, na parte externa do saguão, observando a movimentação de forma humilhante, como ex escravos que presenciam seus senhores brancos divertirem-se em suas festas à custa de nossas lágrimas. Certamente vivenciamos uma experiência de discriminação, cabe ainda apurarmos se houve ou não participação de toda bancada dos vereadores neste episódio, bem como de seus funcionários, o avanço da hora inviabilizou nossa avaliação, mas Amanhã é outro dia, nova guarda será montada e ainda vamos buscar respostas para dar novos encaminhamentos.

Mãe Emilia

— Em seg, 23/5/11, Conceição Reis escreveu:

De: Conceição Reis
Assunto: Fwd: Novidades? Querem expulsar Ogum de São Bernardo
Para: ivonete.carvalho@planalto.gov.br, nilo.nogueira@planalto.gov.br
Cc: yaemilia@yahoo.com.br
Data: Segunda-feira, 23 de Maio de 2011, 16:48


Mensagem original
De: Daniela Moreno < daniela@detroitproperty.com.br >
Para: Emilia Campi < yaemilia@yahoo.com.br >,.br >
Assunto: Novidades? Querem expulsar Ogum de São Bernardo
Enviada: 23/05/2011 15:49

Desculpe-me, mas a emoção sobressai a operar esta máquina, a mensagem não havia terminado.

Continuando…

O Cerimonial sugere que podemos ficar com a imagem durante o período que não estiver sendo usado para festas…Depois é claro ´pode voltar com o santo. Questionei se fosse a imagem de um Santo católico, como seria tratado?????

Mas a referência é de ocupação de espaço, ninguem quer Ogum em suas apresentações, nem mesmos os que nos representam.

Me nego a retirar a imagem, e se ela for retirada, peço ao povo de santo que nos acompanhe neste momento, vamos cantar pra Ogum neste espaço onde, nós fomos expulsos tb. Hj às 14:30 estaremos no local para negociar, se nada adiantar às 21 hs nossos atabaques vão cantar na Câmara em Protesto,pois entendo que no mês da libertação dos escravos, nós ainda não conseguimos a nossa!

Espero por tds!

Mas vamos lutar!

Mãe Mª Emilia d’Oyá

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Despedida do Abdias Nascimento

In Comunidade Tradicional de Terreiros, Conexão Afro, negritude, Polítca on Maio 27, 2011 at 9:32 am

N°1- 27   de maio  ano 2011 -Guaíba- RS –Brasil
REVISTA CONEXÃO AFRO

Depois de fechar meu lounge, ontem à noite, no Fashion Business, fui ao velório do amigo tão estimado Abdias Nascimento, despedir-me dele, dar meu abraço à viúva,Elisa Larkin, e a seu filho, também meu amigo, Osiris Nascimento, um jovem e talentoso cineasta. Já eram mais de nove horas e a Câmara de Vereadores estava cheia de amigos, com o batuque negro fazendo seu lamento desde a escadaria. Verdadeira multidão de admiradores (até Lula foi!) da luta e da obra deixada por Abdias, tendo, sempre ao lado, solidária na militância, sua mulher americana, Elisa. Numa homenagem ao marido, ela vestiu uma roupa branca e preta de estampa afro. E também o corpo de Abdias, no caixão meio coberto pelas bandeiras do Estado do Rio de Janeiro e do Brasil, vestia um traje africano, até com aquele chapéu típico. E um detalhe inusitado: Abdias usava óculos. Achei interessante, pois nunca antes havia visto assim num velório. Depois, soube que o pessoal da funerária reagiu contra, mas foi o filho do líder negro, Osiris, quem insistiu que seu pai se despedisse dessa forma, de óculos, como todos o conheciam. E, diante de Abdias, exatamente aquele que conheci, com seu par de óculos de aro fino, rezei por ele as orações de minha religião católica. Pedindo que, lá do Céu, onde ele certamente está, continue a inspirar homens e mulheres bravos, como ele foi, a levantarem a bandeira contra o preconceito racial, buscando evidenciar e valorizar as qualidades e os talentos do povo negro, força do trabalho e das tantas realizações magníficas deste nosso imenso Brasil…

Abdias partiu como sempre foi: por inteiro, um homem íntegro! Esta a simbologia, para mim, daquele par de óculos do qual Osiris não quis abrir mão…

abdias1 Despedindo de Abdias

Abdias Nascimento, com seu inseparável par de óculos de aro fino, ao lado de sua companheira solidária nas lutas contra o preconceito racial e pela inclusão do negro no Brasil, Elisa, recebe em Brasília homenagem de Lula, quando este ainda era.

FONTE:  Hildegard Angel

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DESPEDIDA »Lula vai a velório de Abdias Nascimento e diz que preconceito racial é doença de difícil cura

In Comunidade Tradicional de Terreiros, Conexão Afro, negritude, Polítca on Maio 27, 2011 at 9:24 am

N°1- 27   de maio  ano 2011 -Guaíba- RS –Brasil
REVISTA CONEXÃO AFRO

Vladimir Platonow

O ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva compareceu hoje (26) ao velório do ex-senador e líder negro Abdias Nascimento e comparou o preconceito racial a uma doença de difícil cura. Lula chegou acompanhado do governador do Rio, Sérgio Cabral, e ficou por cerca de 30 minutos na cerimônia, realizada na Câmara Municipal do Rio.
"Acho que os negros já conquistaram muito espaço desde a Constituição de 1988, mas ainda falta muito. O preconceito é uma doença que não tem cura fácil. O remédio para combater o preconceito leva anos, mas eu penso que estamos avançando", disse Lula.
O ex-presidente ressaltou o papel de Abdias Nascimento na história brasileira e lembrou que conheceu o líder negro nos anos 1980, quando iniciava sua trajetória na política nacional. "Eu acho que o Brasil perde uma das figuras mais extraordinárias na luta contra a desigualdade racial, na luta pela redemocratização, na luta pelos direitos do povo negro. Eu convivi com Abdias desde os anos 80. Ele morreu, mas as ideias dele vão permanecer."
Lula citou como avanço da inserção dos negros na sociedade brasileira o acesso ao ensino superior, por meio do sistema de cotas e pela concessão de bolsas de estudo do Programa Universidade para Todos (ProUni), criado em seu governo. "As cotas nas universidades são uma realidade. O ProUni, colocando 40% de jovens negros nas universidades, é uma revolução e o Abdias faz parte de todas essas conquistas."
O governador Sérgio Cabral acompanhou Lula e destacou a intelectualidade do líder negro, morto na última segunda-feira (23), aos 97 anos de idade. "Ele era um intelectual, um artista plástico, uma pessoa com uma elegância cultural que dava a ele um peso muito significativo na luta pela igualdade racial e pelo respeito religioso. Um brasileiro que marcou a história do país."
O corpo de Abdias Nascimento permanecerá sendo velado até amanhã (27), às 11h, quando será levado para o crematório da Santa Casa de Misericórdia. As cinzas do líder negro serão levadas para a Serra da Barriga, em Alagoas, local do maior centro da resistência negra no Brasil, o Quilombo dos Palmares.

FONTE: oimparcial.com.br

Noite de Autógrafos na Casa de Cultura Mário Quintana

In Comunidade Tradicional de Terreiros, Conexão Afro, negritude on Maio 27, 2011 at 12:51 am

N°o 1- 27  de  Maio ano 2011 -Guaíba- RS -Brasil
REVISTA CONEXÃO AFRO

LANÇAMENTO DO LIVRO ‘COISAS DO POVO SANTO’

A Associação Beneficente Cultural Africana Templo de Yemanjá (Assobecaty) promove no dia 4 de junho (sábado), às 20h, na Sala de Convenções A2B2 da Casa de Cultura Mario Quintana, o lançamento do livro “Coisas do Povo Santo”, da SRS Editora. A autoria é do Doutor em Lingüística da USP, Sidnei Barreto Nogueira, com uma pequena participação de Carmen Lucia Silva de Oliveira, diretora espiritual da entidade, com sede em Guaíba (rua Venceslau Fontoura, 226, Jardim Santa Rita), cuja relação com o autor se dá em função de seu conhecimento na língua yorubá. Ela assinou a orelha da obra literária, que abre a série “Pensando a África no Brasil”.
Em alusão aos 77 anos de resistência e 23 anos de conotação jurídica, a Assobecaty aderiu à campanha do ano afrodescente declarado pela ONU, realizando atividades mensais desde fevereiro, como a festa de aniversário da entidade, que reuniu gestores municipais, estaduais e federais. Em março lançou a Revista Online Conexão Afro e participou da comitiva da titular da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), Luiza Barros e em abril realizou uma reunião em Esteio, reunindo representantes da Região Metroplitana. No último dia 13 esteve presente na Assembléia Legislativa, na roda de conversa de mulheres negras, que se propõe a ouvir mulheres negras de outros lugares para escutar suas idéias e anseios. O movimento surgiu a partir da constatação de que no movimento negro não há muito espaço para as mulheres se expressarem e os próximos encontros estão previstos em Canoas, Alvorada, dia 15 de junho e Porto Alegre, em 25 de julho.                              foto: Douglas Rigo
SERVIÇO:
credito-douglas
Dia: 4 de junho de 2011 (sábado).
Horário: 20h.
Local: Sala A2B2 – 2º andar da Casa de Cultura Mario Quintana (Andradas, 736).
ENTRADA FRANCA
http://www.ccmq.com.br/programacao.php?id_editoria=34&id=1800

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Agenda Cultural África no Rio Grande do Sul

In Comunidade Tradicional de Terreiros, Conexão Afro, Guaiba, negritude on Maio 27, 2011 at 12:33 am

N°o 1- 27   de  Maio ano 2011 -Guaíba- RS -Brasil
REVISTA CONEXÃO AFRO

Coisas do Povo do Santo, primeiro livro da série Pensando a África no Brasil, do Professor Sidnei Barreto Nogueira, será lançado na Feira do Livro em Guaíba no dia 2 de junho, às 18 hs. A sessão de autógrafos acompanhará a formação para os professores do municipio, compondo uma das ações previstas em cumprimento à lei 10.639, que torna parte do currículo escolar o estudo da história da África e dos africanos. O palestante é Mestre e Doutor em Semiótica e Linguística atuando como coordenador de curso e professor de Metodologia Científica e Língua Portuguesa em diferentes universidades em São Paulo.

Acompanha a obra do professor Sidnei, a convite do mesmo, uma explanação da Yalorixá Carmen de Oxalá, que introduz o leitor à desmistificação dos assuntos do Povo de Axé. Por conta desta parceria, a Associação Beneficente Cultural Africana Templo de Yemanjá – Assobecaty, terreiro da Yalorixá, é a anfitriã do professor, promovendo uma farta agenda cultural extensiva ao estado.

A oportunidade que a comunidade guaibense recebe é parte das comemorações pelo 77º aniversário do Terreiro.

    Acompanhe a Agenda:

2/06

Manhã e Tarde

Formação para professores municipais Lei  10.639  Guaiba

18 hs – Coquetel de Lançamento do 1º livro da Série Pensando a Brasil: Coisas do Povo do Santo.

Local: 22ª Feria do Livro –  Praça da Bandeira  , Centro de Guaiba  RS

3/06

9 horas – Formação para professores municipais Lei  10.639  Alvorada

12 horas e 15 min – Programa Estação Cultura TVE – Porto Alegre

à tarde – Formação para professores municipais Lei  10.639  Alvorada

19h – Lançamento do 1º livro da Série Pensando a África no Brasil: Coisas do Povo do Santo.

Local: Casa de Cultura Lufredina Gaya, Rua Padre Felipe nº 900, Esteio – RS.

4/06

   9 horas – Oficina da Língua Yorubá

12 horas – Entrevista em Rádios

à tarde – Oficina da Língua Yorubá

Local: Casa de Comunidade Tradicional de Terreiro ASSOBECATY-

Rua Wenceslau Fontoura nº 226- Jardim Santa Rita- Guaíba- RS

20 horas Casa de Cultura Mario Quintana  ( Lançamento do 1º livro da Série Pensando a África no Brasil: Coisas do Povo do Santo).

Local: Casa de Cultura Mário Quintana, sala A2B2 – 2º andar, Ala Oeste. Porto Alegre- RS

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Departamento de Proteção ao Patrimônio Afro-brasileiro tem novo diretor

In Comunidade Tradicional de Terreiros, Conexão Afro, negritude, Polítca on Maio 27, 2011 at 12:31 am

N°o 1- 27  de  Maio ano 2011 -Guaíba- RS -Brasil
REVISTA CONEXÃO AFRO

Joceline Gomes

Foto: Daiane Souza / FCP

AlexandroAlexandro da Anunciação Reis, novo diretor do Departamento de Proteção ao Patrimônio Afro-Brasileiro

Por Joceline Gomes

Nomeado oficialmente no dia 06 de maio, Alexandro da Anunciação Reis é o novo diretor do Departamento de Proteção ao Patrimônio Afro-brasileiro (DPA) da Fundação Cultural Palmares. Membro da Coordenação Nacional de Combate ao Racismo do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), Reis é militante do movimento negro, das comunidades quilombolas e de terreiro e defensor da educação pública, gratuita e de qualidade.

Nascido no Terreiro Bate Folhinha, localizado no bairro Campinas de Pirajá, na capital baiana, cursou Ciências Econômicas na Universidade Federal da Bahia (UFBA) e Administração e Gestão de Negócios na Faculdade Visconde Cairu.

MILITÂNCIA – Militando contra o racismo, filiou-se à União de Negros pela Igualdade (UNEGRO), participou da Coordenação Nacional de Entidades Negras (CONEN) e do movimento contra a intolerância religiosa, além de ter sido membro do Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional da Bahia.

Coordenou diversos eventos, entre eles, o III Seminário Racismo e Relação de Gênero na Sala de Aula, realizado em 2003 na Faculdade de Educação da UFBA; o I, II, III e IV Seminário Exu em Debate – “Da compreensão à superação da ignorância”; e o Seminário Feira de São Joaquim.

Também organizou a publicação “Exu em Debate – da Compreensão à Superação da Ignorância”, e ainda o material que balizou o pedido de reconhecimento da Feira de São Joaquim como bem cultural de natureza imaterial junto ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

BRASIL QUILOMBOLA – Antes de chegar à Palmares, Alexandro Reis foi secretário de Políticas de Ações Afirmativas e de Políticas para as Comunidades Tradicionais da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República (SEPPIR/PR). No último cargo, coordenou o Programa Brasil Quilombola, que visava à implementação de políticas de promoção da melhoria da qualidade de vida das comunidades quilombolas.

Entusiasmado com o início das atividades na Fundação, Reis parabeniza o trabalho da Palmares e se coloca à disposição para aprimorar o que já vem sendo feito:

“A Palmares cumpriu a tarefa histórica de vencer a invisibilidade das questões da população negra na administração federal, agora tem o desafio de contribuir decisivamente para o avanço e consolidação de políticas culturais articuladas com desenvolvimento econômico e social para os afro-brasileiros. Participar desse desafio, tendo em vista a efetiva proteção e promoção de políticas culturais para as comunidades quilombolas e de terreiro, é a diretriz do nosso trabalho à frente do DPA.”

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UBUNTU

In Comunidade Tradicional de Terreiros on Maio 26, 2011 at 2:28 pm

 

N°o 1- 26   de  Maio ano 2011 -Guaíba- RS -Brasil
REVISTA CONEXÃO AFRO

UBUNTU

A jornalista e filósofa Lia Diskin, no Festival Mundial da Paz, em Floripa (2006), nos presenteou com um caso de uma tribo na África chamada Ubuntu.
Ela  contou que um antropólogo estava estudando os usos e costumes da tribo e, quando  terminou seu trabalho, teve que esperar pelo transporte que o levaria até o aeroporto de volta pra casa. Sobrava muito tempo, mas ele não queria catequizar os membros da tribo; então, propôs uma brincadeira pras crianças, que achou ser inofensiva.
Comprou uma porção de doces e guloseimas na cidade, botou tudo num cesto bem bonito com laço de fita e tudo e colocou debaixo de uma árvore. Aí ele  chamou as crianças e combinou que quando ele dissesse “já!”, elas deveriam sair correndo até o cesto, e a que chegasse primeiro ganharia todos os doces que estavam lá dentro.
As crianças se posicionaram na linha demarcatória que ele desenhou no chão e esperaram pelo sinal combinado. Quando ele disse “Já!”, instantaneamente todas   as crianças se deram as mãos e saíram correndo em direção à árvore com o cesto. Chegando lá, começaram a distribuir os doces entre si e a comerem felizes.
O antropólogo foi ao encontro delas e perguntou porque elas tinham ido todas juntas se uma só poderia ficar com tudo que havia no cesto e, assim, ganhar muito mais doces.
Elas simplesmente responderam: “Ubuntu, tio. Como uma de nós  poderia ficar feliz se todas as outras estivessem tristes?”
Ele ficou desconcertado! Meses e meses trabalhando nisso, estudando a tribo, e ainda  não havia compreendido, de verdade,a essência daquele povo. Ou jamais teria proposto uma competição, certo?
Ubuntu significa: “Sou quem sou, porque somos todos nós!”
Atente para o detalhe: porque SOMOS, não pelo que temos…
UBUNTU PARA VOCÊ!


 

 

O destino decide quem entra em nossas vidas,

as atitudes definem quem permanece!

 

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A opção do jornalismo

In Conexão Afro, negritude on Maio 26, 2011 at 12:48 am

N°o 1- 26   de  Maio ano 2011 -Guaíba- RS -Brasil
REVISTA CONEXÃO AFRO

A opção do jornalismo

coletiva

Por Poti Silveira Campos

Vera Daisy Barcellos, 62, é uma mulher de fases e é por etapas que descreve a própria existência. “Afinal, foi assim que aconteceu”, explica. Quase metódica, mas impregnada da emoção de quem vive intensamente o que faz, principalmente em relação ao jornalismo. Vera Daisy – como gosta de ser chamada – se destacou na profissão como uma das mulheres pioneiras na cobertura esportiva no Estado e como militante negra e de gênero. Hoje, segunda suplente na direção do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul, ela garante estar “longe de parar”.

Casada há 30 anos com o aposentado Ricardo Pereira Costa – o casal tem o filho Juliano, 26, professor de educação física e músico –, a jornalista reside com a família na charmosa Rua Santa Terezinha, no Bairro Santana, em Porto Alegre. Na verdade, faz nada menos do que 58 anos que Vera Daisy mora na Santa Terezinha. E foi nesta mesma rua que ela começou – ainda menina – a lutar pela condição humana de mulheres e de negros. A mãe, Eva Barcellos, era empregada doméstica na família do general Floriano de Oliveira Faria. Lá pelas tantas, Eva decidiu trabalhar como cozinheira de restaurante, mas deixou a menina sob os cuidados dos Oliveira Faria. “As famílias brancas pegavam crianças negras para cumprir a função de doméstica. Comigo foi diferente”, diz.

Foram os irmãos de criação de Vera Daisy – o hoje economista Álcio e médico Adyr – que fizeram a diferença. Os dois pressionaram os pais a colocar a menina na escola. E lá se foi Vera Daisy cursar o que se chamava Primário no Grupo Escolar Luciana de Abreu, na Avenida Venâncio Aires. Terminado o Primário, os pais de criação pretendiam que ela parasse com os estudos. “Eu já sabia ler e escrever. Para eles, estava bom.” Não parou. Somado à insistência de Álcio e de Adyr, Vera Daisy estava se saindo bem na escola. O general Floriano e a mulher, Ceci, concordaram e a garota encarou o exame de admissão para o Colégio Estadual Pio XII. Passou.

Normalista, não

Uma das explicações para o bom desempenho escolar talvez fosse o gosto da jovem pelo hábito de ler. Havia uma biblioteca na casa de dois pisos do general. Na calada da noite, quando todos dormiam, Vera Daisy descia na ponta dos pés até a sala onde pesadas estantes abrigavam centenas de volumes. Ali ficava horas e horas, seguidamente até o amanhecer. E, enquanto lia, amadurecia as idéias. Algumas delas, é claro, eram idéias do contra: “Toda adolescente negra que estudava naquela época virava professora. Eu não queria ser normalista, não queria ser professora”, afirma. Vera Daisy queria fazer algo diferente. Sonhou com engenharia mecânica. “Mas havia a matemática.” Optou pelo Jornalismo e encontrou nova oposição de Floriano e Ceci.

Era 1967. Em janeiro, o governo de Humberto de Castelo Branco (1897 – 1967) havia imposto uma Constituição ao país, legitimando o regime militar. Em julho, o marechal foi morto em um acidente aéreo nunca explicado. Artur da Costa Silva (1899 – 1969) é escolhido o sucessor e as coisas ficam mais difíceis. Tempos duros. E Vera Daisy teimando em ser jornalista. “Começou meu inferno zodiacal”, brinca a libriana. Floriano e Ceci insistiam: “O que tu vais fazer numa profissão dessas? Isto não é coisa para uma mulher direita.” Álcio e Adyr seguiam dando apoio à caçula. A jornalista interrompe a narrativa, suspira e declara, com olhos emocionados: “Eu fui amada, fui muito amada.”

No ano seguinte – aquele agitadíssimo ano de 1968 –, lá estava Vera Daysi na UFRGS. A Fabico ainda não existia. A estudante ingressou no que ficou conhecido como a última turma de “Os filhos da Filô”: as aulas do curso de Jornalismo eram no ambiente efervescente da Faculdade de Filosofia, com agentes do Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) realizando ações no Bar do Antônio – na prática, o centro social do Campus Central da UFRGS. “Isso começou a mexer com minha cabeça. Fomos uma geração muito privilegiada”, afirma.

Militância e jornalismo

Na universidade, Vera Daisy aproxima-se do movimento negro. Ingressa no Grupo Palmares, criado pelo pesquisador, historiador e poeta Oliveira Silveira (1941 – 2009). O grupo, que reunia universitários negros, era antes de tudo um espaço de discussão para o estabelecimento de uma política racial para o país. Os textos mais importantes eram de autoria do historiador Décio Freitas (1922 – 2004). Em 1971, o Palmares declarou o dia 20 de novembro – data da morte de Zumbi, do quilombo de Palmares, em 1695 – como o Dia da Consciência Negra.

Também em 1971, Vera Daisy começa na profissão. A estréia é no Jornal do Comércio. Depois, Diário de Notícias. Ela considera que teve a sorte de trabalhar com os melhores jornalistas gaúchos. Evita citar nomes, à exceção de Ademar Vargas de Freitas e Renato Gianuca. “Foram meus copidesques no momento mais rico de minha profissão.” Em 1976, Vera Daisy foi trabalhar no jornal Hoje, do Grupo RBS. Trabalhava à noite. Durante o dia, era funcionária pública concursada – em 1975, havia sido nomeada para a Legião Brasileira de Assistência (LBA), extinta em 1995, no primeiro mandato de Fernando Henrique Cardoso. Vera Daisy permaneceu na Comunicação da LBA até o final – aposentou-se no serviço público em 1997. “A LBA foi uma das minhas maiores lições, pois me permitiu entender a pobreza, a miséria”, avalia.

No Hoje, Vera Daisy deu os primeiros passos na cobertura de futebol de salão. A atuação de uma mulher neste setor era inusitada. Em 1978, depois de a RBS encerrar a experiência do Hoje, a jornalista é convidada pelo colega Emanuel Mattos para ingressar na equipe de esportes de Zero Hora. Ali, Vera Daisy confirma-se definitivamente no setor e torna-se uma pioneira ao lado de Joyce Larronda, que acompanhava automobilismo. “Foram 16 anos muito bons”, diz, sobre o período em que esteve em Zero Hora. “Tive de sair em razão de o jornal exigir que eu escolhesse entre a redação e serviço público.” No jornal, Vera Daisy colaborava ainda, a partir dos meses de dezembro, com a cobertura de carnaval. “Sou verde e rosa, sou Academia de Samba Praiana”, salienta. E teve um irmão ilustre nesta área, o jornalista Carlos Alberto Barcellos, o Roxo, figura de destaque na história do carnaval de Porto Alegre, morto em 1981.

Luta por espaço

Emociona-se novamente ao lembrar colegas como Evaldo Gonçalves, José Raimundo Manosso e Sérgio Moita. “Era uma redação de pessoas brilhantes.”

Pessoas brilhantes ou não, Vera Daisy e “outras duas ou três mulheres” que lá atuavam tinham de conviver com machismo e racismo. “Isto estava em piadas, em expressões da redação e até mesmo em chamadas no jornal”, diz. Vera Daisy teve de lutar também para conquistar espaço nas quadras de futsal. Lá, os colegas homens tinham livre acesso aos vestiários. Para ela, foi preciso negociar bastante a possibilidade de entrevistar jogadores no intervalo e no final dos jogos. Na redação do jornal, Vera Daisy também deu continuidade à militância negra, com os colegas Jones Lopes e Jorge Freitas. Com Emílio Chagas, o quarteto criou a revista Tição, em 1978. “Foi um março na imprensa negra”, afirma.

Depois de Zero Hora, uma nova fase. Em 1997, aproxima-se do jornal A Voz da Serra, de Erechim. Nesta publicação, recebe, em 1998, o prêmio ARI com uma edição especial do jornal – “Erechim Mulher”, que relatava a história do município sob a ótica feminina. “Foi a primeira vez que um prêmio ARI foi entregue a um jornal do Interior”, diz Vera Daisy. Em 2000, ao lado da jornalista Maria Lúcia Carraro Smaniotto, dona e editora de A Voz da Serra, Vera Daisy cria a Copidesque Assessoria de Comunicação e Marketing. Torna-se empresária em Erechim. Passou quatro anos no eixo Porto Alegre – Erechim.

“Não fiquei rica, mas ganhei um grande aprendizado”, diz Vera Daisy. Este aprendizado traduziu-se, principalmente, na percepção da própria capacidade e de que havia a própria história no jornalismo gaúcho. No retorno profissional à Capital, envolve-se com a militância feminina, passando a assessorar a ONG Maria Mulher. Mais adiante, a partir de 2007, ingressa na Rede Feminista de Saúde, instituição que se dedica a garantir direitos sexuais e reprodutivos das mulheres.

Para Vera Daisy, a falta de espírito crítico é um dos maiores dilemas do exercício atual do jornalismo. “Sinto falta de matérias avaliativas. Esta semana, por exemplo, uma mulher foi assassinada a facadas. A matéria dizia apenas isso, sem nenhuma contextualização, banalizando o fato. Hoje, a cada 25 minutos, uma mulher é espancada no país”, exemplifica, lembrando a morte de Viviane Almeida Lamarque, 19 anos, morta com uma facada no peito em Santa Rosa, no último dia 25 de abril. O caminho para a mudança, de acordo com Vera Daisy, começaria na academia, na formação do profissional. E relembra um conselho dos copidesques: “Quer ser um bom jornalista? Leia muito, leia de tudo. Você vai ter compreensão do mundo”. Esta, certamente, é uma lição que Vera Daisy aprendeu muito tempo antes. Ela deve ter descoberto isto enquanto descia as escadas, de madrugada, rumo à biblioteca do general Floriano.

Foto: Poti Silveira Campos

Fonte: Coletiva.net

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Casamento no Candomblé acontece pela primeira vez em Campo Grande

In Comunidade Tradicional de Terreiros on Maio 25, 2011 at 5:22 pm

N°o 1- 25   de  Maio ano 2011 -Guaíba- RS -Brasil
REVISTA CONEXÃO AFRO

Pela primeira vez em Campo Grande é realizado um enlace matrimonial de acordo com os preceitos da religião de matriz africana, o Candomblé. A cerimônia foi realizada no último dia 14 de maio, no templo religioso denominado Ilè Dará Agan Oyá Asé Elegbara Omodé, dirigido pelos sacerdotes Mãe Zilá de Oyá e Pai Lucas de Odé e foi ministrada pelo Babalorixá Carlito de Oxumarè, do Ilè Olá Omi Asé Opò Araká, do Estado de São Paulo.

Após 25 anos de união, o jornalista Luiz Junot e a psicopedagoga Zilá Dutra, ambos devotos ao Candomblé, fizeram os votos matrimoniais.

O ritual precedeu as tradicionais comemorações anuais em reverência a Oyá e Odé, os deuses africanos das tempestades e da caça, da fartura e prosperidade, respectivamente. Em meio ao público presente estiveram diversos membros da sociedade e da comunidade candomblessista de Mato Grosso do Sul, São Paulo e Mato Grosso.

O presidente da Federação de Cultos Afro-brasileiros e Ameríndios de Mato Grosso do Sul (Fecams), sacerdote de Umbanda Irbs, também esteve presente no evento e destacou a importância da cerimônia. “Foi uma cerimônia belíssima e de extrema importância para as religiões de matriz africana, de modo a disseminar nossa cultura para toda a sociedade”, destacou.

Para o Babalorixá Carlito de Oxumarè, que presidiu o ritual, o acontecimento rompeu as fronteiras geográficas do Candomblé. “Além de mostrar que o Candomblé, ao contrário do que se pensa, encontra-se muito bem instalado fora do eixo Bahia – São Paulo – Rio de Janeiro, conseguimos mostrar a toda a sociedade que o povo de santo tem uma cultura abrangente e completa, somos sacerdotes tanto quanto os de qualquer outra religião, temos em nossa cultura rituais para casamentos, batizados, rituais fúnebres, entre tantos outros”, ressaltou.

O Candomblé na Imprensa – Em abril de 2008 o casamento do jornalista da Rede Tv! Felipeh Campos, 34, e do produtor de moda Rafael Scapucim, 26, ganhou as manchetes dos veículos de comunicação de todo o Brasil. Naquela ocasião a cerimônia foi realizada pelo Babalorixá Cido de Oxum, e teve grande repercussão na imprensa nacional, quebrando os paradigmas sociais por unir um casal homosexual nos preceitos da religião de matriz africana, o Candomblé.

No decorrer da cerimônia o Babalorixá Cido disse: “A partir de hoje a história será outra, quando as pessoas abrirem as páginas dos jornais e verem que dois iguais se casaram, elas vão entender, e vai haver mais respeito”

fonte: http://www.acritica.net

 

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Já Começaram a circular os convite para o Lançamento do Livro Coisas do Povo do Santo

In Comunidade Tradicional de Terreiros, Educação on Maio 25, 2011 at 1:50 pm

N°1- 25 de maio ano 2011 -Guaíba- RS –Brasil
REVISTA CONEXÃO AFRO

Já começaram a circular os convites para o lançamento do livro Coisas do Povo de Santo, na próxima quinta-feira,os municípios contemplados são racine_mkt_rs

Guaiba , Alvorada, Esteio, Porto Alegre;

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Artigo de Mãe Stella de Oxóssi: 25 de maio: bênção, Mamãe África

In Comunidade Tradicional de Terreiros on Maio 25, 2011 at 2:55 am

N°1- 25 de Maio   ano 2011 -Guaíba- RS –Brasil
REVISTA CONEXÃO AFRO

mae-Stella-3-300x211Ainda de pouco conhecimento da sociedade é o fato de hoje, 25 de maio, se comemorar o Dia da África. Data escolhida porque em 1963 a Organização de Unidade Africana, hoje com o nome de União Africana, foi fundada com o objetivo de ser, internacionalmente, a voz dos africanos. Hoje, o Terreiro Ilê Axé Opô Afonjá está recebendo uma média de cinquenta professores da rede municipal, juntamente com o seu secretário, para conosco comemorar este dia, que se constitui em uma tentativa de que os olhos e os corações do mundo se preocupem e se ocupem de cuidar do povo desse continente, mas também de aprender e apreender sua sabedoria, que, como neta de africana e iniciada em uma religião que tem em África sua matriz, foi a mim transmitida. Oportunidade que tudo faço para não desperdiçar.

Muitas sementes da sabedoria dos africanos, em mim plantadas, ainda não encontraram terreno fértil para germinar, mas não desisto e, por isso, cuido desse terreno em todo momento. Outras há, no entanto, que cresceram e até deram frutos. Foi assim refletindo que resolvi homenagear o berço da humanidade – a África -, aproveitando este precioso espaço de comunicação que a mim foi concedido para, humildemente, tentar espalhar essas sementes, na esperança que elas caiam em terrenos férteis.

Foi através da tradição oral, chamada na língua yorubá de ipitan, que entrei em contato com a maravilhosa arte de viver do africano, que tem na alegria um de seus fundamentos. Entretanto, nós brasileiros, que temos nesse povo uma de nossas descendências, não devemos correr o risco de sermos megalomaníacos e considerar a filosofia africana a melhor. Todo povo possui sua sabedoria, mas a Sabedoria, assim como Deus, é uma só. A mesma base, os mesmo fundamentos, apenas transmitidos de acordo com a cultura e o lugar de viver correspondente. Se foi através da tradição oral que aprendi, é agora na escrita, iwe-kikó, que encontro condições favoráveis para transmitir, a um maior número de pessoas, os ensinamentos absorvidos e os quais ainda pretendo assimilar, de maneira profunda.
Conheçamos, então, um pouco do muito que possui a filosofia do povo africano:

– É na alegria e na generosidade que se encontra a força que se precisa para enfrentar os obstáculos da vida: “Lé tutu lé tutu bó wá” = “Sigamos em frente alegremente, sigamos em frente iluminados, dividindo o alimento adquirido”.

– A palavra tem o poder de materializar o que existe em potencial no universo, por isso os africanos falam muito e alto, quando precisam canalizar sua energia em direção ao que é essencial, mas silenciam nas horas necessárias. Um orin faz entoar: “Tè rolè… Mã dé tè rolè. Báde tè role” = “Eu venero através do silêncio… Eu pretendo cobrir meus olhos e calar-me. Ser conveniente, respeitando através do silêncio”.

– Nosso maior inimigo (como também nosso maior amigo) somo nós mesmos: “Dáààbòbò mi ti arami” = “Proteja-me de mim mesma”.

– O cuidado com o julgamento do outro e também com o instinto de peversidade: “Bí o ba ri o s’ikà bi o ba esè ta ìká wà di méjì” = “Se vir o corpo de um perverso e chutá-lo, serão dois os perversos”.

– O respeito às diferenças: “Iká kò dógbà” = “Os dedos não são iguais”.

– A necessidade de um permanente contato com a Essência Divina que cada um possui: “Eti èmí óré dé ìyàn. Àroyé èmí óré dé ìyà” = “Na dificuldade de decisão e no debate, a Essência Divina amplia a visão para argumentar”.

Como se vê, o corpo da tradição oral africana, que é composto de itan – mito; oriki – parte do mito que é recitada em forma de louvação e vocação; orin – cântico de louvação; adurá – reza; ówe – provérbio serve para nos disciplinar. Entretanto, nenhuma sabedoria tem mais valor do que a filosofia do ìwà, palavra que pode ser traduzida como conduta, natureza, enfim, caráter. Devemos estar atentos aos nossos comportamentos. Pois, como falam os africanos após enterrar um amigo, “ó kù ó, ó kù ó ìwà ré”, querendo dizer, “não podemos lhe acompanhar no resto de sua viagem, agora só fica você e seus comportamentos”.

ACESSE A FONTE:

http://correionago.ning.com/profiles/blog/show?id=4512587%3ABlogPost%3A132509&xgs=1&xg_source=msg_share_post

* Artigo publicado na editoria Opinião do Jornal A Tarde, no dia 25/05/2011

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SEPPIR lamenta morte de Abdias Nascimento

In negritude on Maio 24, 2011 at 9:32 pm

N°o 1- 24   de  Maio ano 2011 -Guaíba- RS -Brasil
REVISTA CONEXÃO AFRO

Jornalista e militante do movimento negro, Abdias falece aos 97 anos no Rio de Janeiro

Faleceu na manhã desta terça-feira, 24, no Rio de Janeiro, Abdias Nascimento, grande ativista na luta contra o racismo e as desigualdades raciais no Brasil e no mundo. O paulista que nasceu em Franca, em 1914, cresceu em uma família pobre, porém muito organizada e carinhosa. Formou-se em contabilidade pelo Atheneu Francano, em 1929.

Com 15 anos, alista-se no exército e vai morar na capital São Paulo. Na década dos 1930, engaja-se na Frente Negra Brasileira e luta contra a segregação racial em estabelecimentos comerciais da cidade. Prossegue na luta contra o racismo, organizando o Congresso Afro-Campineiro em 1938. Funda em 1944, o Teatro Experimental do Negro, entidade que patrocina a Convenção Nacional do Negro em 1945-46.

A Convenção propõe à Assembléia Nacional Constituinte de 1946 a inclusão de políticas públicas para a população afrodescendente e um dispositivo constitucional definindo a discriminação racial como crime de lesa-pátria.

À frente do TEN, Abdias organiza o 1º Congresso do Negro Brasileiro em 1950.
Militante do antigo PTB, após o golpe de 1964, participa desde o exílio na formação do PDT. Já no Brasil, lidera em 1981, a criação da Secretaria do Movimento Negro do PDT.

Na qualidade de primeiro deputado federal afrobrasileiro a dedicar seu mandato à luta contra o racismo (1983-87), apresenta projetos de lei definindo o racismo como crime e criando mecanismos de ação compensatória para construir a verdadeira igualdade para os negros na sociedade brasileira. Como senador da República (1991, 1996-99), continua essa linha de atuação.

O Governador Leonel Brizola o nomeia Secretário de Defesa e Promoção das Populações Afrobrasileiras do Estado do Rio de Janeiro (1991-94). Mais tarde, é nomeado primeiro titular da Secretaria Estadual de Cidadania e Direitos Humanos (1999-2000).

No dia 10 de maio, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro lançou a 1ª edição do Prêmio Nacional Jornalista Abdias Nascimento, que marca atividades relativas ao Ano Internacional dos Afrodescendentes, declarado pela Organização das Nações Unidas (ONU). O prêmio visa estimular, anualmente, a cobertura jornalística qualificada sobre temas relacionados à população negra.

Com informações do site http://www.abdias.com.br/

Leia também Jornalistas lançam Prêmio Abdias Nascimento

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Revista Conexão Afro lamenta a morte de Abdias Nascimento

In Comunidade Tradicional de Terreiros on Maio 24, 2011 at 9:29 pm

N°o 1- 24   de  Maio ano 2011 -Guaíba- RS -Brasil
REVISTA CONEXÃO AFRO

Faleceu nesta manhã de terça, 24, no Rio de Janeiro,  o escritor Abdias do Nascimento. Poeta, político, artista plástico, jornalista, ator e diretor teatral, Abdias foi um corajoso ativista na denúncia do racismo e na defesa da cidadania dos descendentes da África espalhados pelo mundo. O Brasil e a Diáspora perdem hoje um dos seus maiores líderes. A família ainda não sabe informar quando será o enterro. Aos 97 anos, o paulista de Franca, passava por complicações que o levaram ao internamento no último mês. Deixa a esposa Elisa Larkin, o filho e uma legião de seguidores, inspirados na sua trajetória de coragem e dedicação aos direitos humanos.

Foto: doolharnegro.blogspot.com

ABDIAS DO NASCIMENTO

Nascido em Franca, São Paulo, 14 de março de 1914.

Professor Emérito, Universidade do Estado de Nova York, Buffalo (Professor Titular de 1971 a 1981, fundou a cadeira de Cultura Africana no Novo Mundo no Centro de Estudos Porto-riquenhos).

Artista plástico, escritor, poeta, dramaturgo.

Formação acadêmica

Bacharel em Economia, Universidade do Rio de Janeiro, 1938.

Diploma pós-universitário, Instituto Superior de Estudos Brasileiros (ISEB), 1957.

Pós-graduação em Estudos do Mar, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro/ Ministério da Marinha, 1967.

Doutor Honoris Causa, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 1993.

Doutor Honoris Causa, Universidade Federal da Bahia, 2000.

Cargos Eletivos e Executivos Exercidos

Deputado federal (1983-86).

Secretário de Estado, Governo do Rio de Janeiro, Secretaria Extraordinária de Defesa e Promoção das Populações Afro-Brasileiras (SEAFRO) (1991-1994).

Senador da República (1991-99). Suplente do Senador Darcy Ribeiro, assumiu a cadeira no Senado, representando o Rio de Janeiro pelo PDT em dois períodos: 1991-1992 e 1997-99.

Secretário de Estado de Direitos Humanos e da Cidadania, Governo do Estado do Rio de Janeiro, 1999. Coordenador do Conselho de Direitos Humanos, 1999-2000

Fonte: http://correionago.ning.com/profiles/blog/show?id=4512587%3ABlogPost%3A131301&xgs=1&xg_source=msg_share_post

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Morre o Guerreiro Abdias do Nascimento

In negritude on Maio 24, 2011 at 2:18 pm

N°o 1- 24   de  Maio ano 2011 -Guaíba- RS -Brasil
REVISTA CONEXÃO AFRO

Nesta manhã do dia 24 de Maio um de nossos mestres, grande guerreiro, partiu para outro plano. Que sua luta seja exemplo de continuidade, sobretudo a nós, artistas negras/os de todo o brasil. Oxalá lhe acompanhe!  Como dizia:

"Crescer na esperança do aquém e do além

do continente e da pele de alguém

Lutar é crescer no além e no aquém

Afirmando a liberdade da raça amém". (O Sangue e a Esperança)

confiram notícia pelo site da Agencia nacional das favelas (http://www.anf.org.br/2011/05/morre-abdias-do-nascimento-guerreiro-do-povo-negro/)

Faleceu nesta manhã de terça, 24, no Rio de Janeiro,  o escritor Abdias do Nascimento. Poeta, político, artista plástico, jornalista, ator e diretor teatral, Abdias foi um corajoso ativista na denúncia do racismo e na defesa da cidadania dos descendentes da África espalhados pelo mundo. O Brasil e a Diáspora perdem hoje um dos seus maiores líderes. A família ainda não sabe informar quando será o enterro. Aos 97 anos, o paulista de Franca, passava por complicações que o levaram ao internamento no último mês. Deixa a esposa Elisa Larkin, o filho e uma legião de seguidores, inspirados na sua trajetória de coragem e dedicação aos direitos humanos. 

ABDIAS DO NASCIMENTO

Nascido em Franca, São Paulo, 14 de março de 1914.

Professor Emérito, Universidade do Estado de Nova York, Buffalo (Professor Titular de 1971 a 1981, fundou a cadeira de Cultura Africana no Novo Mundo no Centro de Estudos Porto-riquenhos).
Artista plástico, escritor, poeta, dramaturgo.

Formação acadêmica
Bacharel em Economia, Universidade do Rio de Janeiro, 1938.
Diploma pós-universitário, Instituto Superior de Estudos Brasileiros (ISEB), 1957.
Pós-graduação em Estudos do Mar, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro/ Ministério da Marinha, 1967.
Doutor Honoris Causa, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 1993.
Doutor Honoris Causa, Universidade Federal da Bahia, 2000.

Cargos Eletivos e Executivos Exercidos

Deputado federal (1983-86).
Secretário de Estado, Governo do Rio de Janeiro, Secretaria Extraordinária de Defesa e Promoção das Populações Afro-Brasileiras (SEAFRO) (1991-1994).
Senador da República (1991-99). Suplente do Senador Darcy Ribeiro, assumiu a cadeira no Senado, representando o Rio de Janeiro pelo PDT em dois períodos: 1991-1992 e 1997-99.
Secretário de Estado de Direitos Humanos e da Cidadania, Governo do Estado do Rio de Janeiro, 1999. Coordenador do Conselho de Direitos Humanos, 1999-2000.

Atividades e Realizações Principais

1930-1936. Alista-se no Exército, e na capital de São Paulo participa da Frente Negra Brasileira. Participa das Revoluções de 1930 e 1932, na qualidade de soldado. Combate a discriminação racial em estabelecimentos comerciais em São Paulo.
1936. Muda para o Rio de Janeiro com o objetivo de continuar seus estudos de economia, iniciados em São Paulo.
1937. Protestando contra a ditadura do Estado Novo, é preso e condenado pelo Tribunal de Segurança Nacional e cumpre pena na Penitenciária da Frei Caneca.
1938. Organiza junto com um grupo de militantes negros em Campinas, SP, o Congresso Afro-Campineiro, com o objetivo de discutir e organizar formas de resistência à discriminação racial.
1938. Diploma-se pela Faculdade de Economia da Universidade do Rio de Janeiro.
1940. Integrante da Santa Hermandad Orquídea, grupo de poetas argentinos e brasileiros, viaja com eles pela América do Sul. Em Lima, Peru, faz uma série de palestras na Universidad Mayor de San Marcos (Escola de Economia). Assiste à peça O Imperador Jones, de Eugene O’Neill, estrelada por um ator branco, Hugo D’Evieri, brochado de preto. A partir das reflexões provocadas por esse fato, planeja criar o Teatro do Negro Brasileiro ao retornar a seu país. Na Argentina, onde mora por mais de um ano, participa de movimentos teatrais com o objetivo de melhor conceitualizar a idéia do Teatro Negro.
1941. Voltando ao Brasil, é preso na Penitenciária de Carandiru, condenado à revelia por haver resistido a agressões racistas em 1936. Funda o Teatro do Sentenciado, organizando um grupo de presos que escrevem, dirigem e interpretam peças dramáticas.
1943. Saindo da prisão, procura em São Paulo apoio para a criação do Teatro do Negro. Não encontrando receptividade junto a intelectuais como o escritor Mário de Andrade, e outros, muda para o Rio de Janeiro.
1944. Funda, com o apoio de um grupo de negros e de setores da intelectualidade carioca, o Teatro Experimental do Negro (TEN). Na sede da UNE, realizaram-se os primeiros cursos de alfabetização, treinamento dramático e cultura geral para os participantes da entidade.
1945. Dirige o TEN na sua estréia no Teatro Municipal com o espetáculo O Imperador Jones, estrelado pelo genial ator negro Aguinaldo Camargo, em 08 de maio, dia da vitória dos aliados na Segunda Guerra Mundial. Daí em diante, até 1968, o TEN teve presença destacada no cenário cultural e teatral brasileiro.
1945. Com um grupo de militantes, funda o Comitê Democrático Afro-Brasileiro, que luta pela anistia dos presos políticos.
1945-46. Organiza a Convenção Nacional do Negro (a primeira plenária realizando-se em São Paulo e a segunda no Rio de Janeiro), que propõe à Assembléia Nacional Constituinte a inclusão de um dispositivo constitucional definindo a discriminação racial como crime de lesa-Pátria. A iniciativa, apresentada à Assembléia Nacional Constituinte pelo Senador Hamilton Nogueira, não é aprovada.
1946. Participa da fundação do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) no Rio de Janeiro.
1948. Funda, junto com Sebastião Rodrigues Alves e outros petebistas, o movimento negro do PTB.
1949. Organiza, com a colaboração do sociólogo Guerreiro Ramos e do etnólogo Édison Carneiro a Conferência Nacional do Negro, preparatória do 1º Congresso do Negro Brasileiro.
1949-1951. Funda e dirige o jornal Quilombo, órgão de divulgação do TEN.
1950. Realiza no Rio de Janeiro o 1º Congresso do Negro Brasileiro, evento organizado pelo TEN.
1955. Realiza o Concurso de Artes Plásticas sobre o tema do Cristo Negro, evento polêmico que mereceu a condenação de setores da Igreja Católica e o apoio do bispo Dom Hélder Câmara.
1957. Forma-se na primeira turma do Instituto Superior de Estudos Brasileiros (ISEB). Estréia a peça de sua autoria, Sortilégio: Mistério Negro, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro e de São Paulo.
1968. Funda o Museu de Arte Negra, que realiza sua exposição inaugural no Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro. Encontra-se alvo de vários Inquéritos Policial-Militares e se vê obrigado a deixar o país. Convidado pela Fairfield Foundation, inicia uma série de palestras nos Estados Unidos.
1968-69. Durante um semestre, atua como Conferencista Visitante da Yale University, School of Dramatic Arts. Inicia sua atuação como artista plástico, pintando telas que transmitem os valores da cultura religiosa afro-brasileira e da luta pelos direitos humanos dos povos africanos em todo o mundo. (Ver lista de exposições abaixo).
1969-70. Convidado pelo Centro para as Humanidades da Wesleyan University (Middletown, Connecticut), participa durante um ano, com intelectuais como Norman Mailer, Norman O. Brown, John Cage, Buckminster Fuller, Leslie Fiedler, e outros, do seminário A Humanidade em Revolta.
1970. É convidado para fundar a cadeira de Culturas Africanas no Novo Mundo, no Centro de Estudos Portorriquenhos da Universidade do Estado de Nova York em Buffalo, na qualidade de professor associado, no ano seguinte titular, e lá permanece até 1981.
1973. Participa da Conferência de Planejamento do 6º Congresso Pan-Africano em Kingston, Jamaica.
1974. Participa do Sexto Congresso Pan-Africano, Dar-es-Salaam, Tanzânia, como único representante da região da América Latina.
1976-77. Convidado pela Universidade de Ife, Ile-Ife, Nigéria, passa um ano como Professor Visitante no Departamento de Línguas e Literaturas Africanas.
1976. Participa, a convite do escritor Wole Soyinka, no Seminário Alternativas para o Mundo Africano, reunião em que funda-se a União de Escritores Africanos, em Dakar.
1977. Participa na qualidade de observador, perseguido pela delegação oficial do regime militar brasileiro, do Segundo Festival Mundial de Artes e Culturas Negras e Africanas, realizado em Lagos. Denuncia, no respectivo Colóquio, a situação de discriminação racista vivida pelo negro no Brasil. Na Europa e Estados Unidos, participa da fundação, desde o exílio, do novo PTB (mais tarde, Partido Democrático Trabalhista – PDT).
1977. Participa, na qualidade de delegado e presidente de grupo de trabalho, do Primeiro Congresso de Cultura Negra nas Américas, realizado em Cáli, Colômbia.
1978. Participa em São Paulo do ato público de fundação e das reuniões organizativas do Movimento Negro Unificado contra a o Racismo e a Discriminação Racial. Participa da reunião internacional de exilados brasileiros O Brasil no Limiar da Década dos Oitenta, em Stockholm, Suécia.
1979. A convite do Bloco Parlamentar Negro (Congressional Black Caucus) do Congresso dos Estados Unidos, e do Sindicato de Trabalhadores do Correio, profere conferência na sede da Câmara dos Deputados em Washington, D.C.
1980. Participa, na qualidade de delegado especial, do Segundo Congresso de Cultura Negra das Américas, realizado no Panamá, e é eleito pelo plenário Coordenador Geral do Terceiro Congresso. No Brasil, lança o livro O Quilombismo e ajuda a fundar o Memorial Zumbi, organização nacional voltada à recuperação, em benefício da comunidade afro-brasileira e do mundo africano, das terras da República dos Palmares, na Serra da Barriga, Alagoas.
1981. Funda o Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-Brasileiros (IPEAFRO) na PUC-SP. Integra a executiva nacional do PDT e funda a Secretaria do Movimento Negro do PDT, no Rio de Janeiro e a nível nacional. Participa da coordenação internacional do projeto Kindred Spirits, exposição itinerante de artes afro-americanas.
1982. Organiza e é eleito para presidir o Terceiro Congresso de Cultura Negra das Américas, realizado nas dependências da PUC-SP com representantes de todo o mundo africano exceto o Pacífico.
1983. Assume a cadeira de Deputado Federal, eleito suplente pelo PDT-RJ. É o primeiro deputado afro-brasileiro a exercer o mandato defendendo os direitos humanos e civis do povo afro-brasileiro. A convite da ONU, participa do Simpósio Regional da América Latina em Apoio à Luta do Povo da Namíbia pela sua Independência, em San José, Costa Rica. Visita a antiga sede da UNIA de Marcus Garvey em Limón. Viaja também a Nicarágua, participando de sessões da Assemblea Nacional e conhecendo as populações de origem africana em Bluefields, litoral oriental do país. Em Washington, D.C., participa do seminário Dimensões Internacionais: a Realidade de um Mundo Interdependente, a convite do Bloco Parlamentar Negro (Black Congressional Caucus), na sede do Congresso Nacional dos Estados Unidos.
1984. Cria, junto com um grupo de intelectuais e militantes negros, a Fundação Afro-Brasileira de Arte, Educação e Cultura (FUNAFRO), integrando o IPEAFRO, o Teatro Experimental do Negro, a revista Afrodiaspora, e o Museu de Arte Negra.
1985. A convite da ONU, participa da Simpósio Mundial em apoio à Luta do Povo da Namíbia pela sua Independência, em Nova York. Participa, novamente, de reunião internacional patrocinada pelo Bloco Parlamentar Negro dos Estados Unidos: a Conferência Internacional sobre a Situação dos Povos do Terceiro Mundo, na sede do Congresso norteamericano em Washington, D.C. Integrando comitiva oficial brasileira, visita Israel a convite do respectivo governo.
1987. Participa, na qualidade de delegado de honra,da Conferência Internacional sobre a Negritude e as Culturas Afro nas Américas, Florida International University, Miami. Integra o Conselho de Contribuintes do Município do Rio de Janeiro.
1987-88. Integra o Comitê Dirigente Internacional, Festival Pan-Africano de Artes e Cultura, Dakar, Senegal. Participa da direção internacional do Memorial Gorée, organização dedicada ao projeto de construção de um memorial aos africanos escravizados na ilha senegalesa que serviu como entreposto do comércio escravista. Integra a direção internacional do Instituto dos Povos Negros, organização internacional promovida com o apoio da UNESCO pelo governo de Burkina Faso e de outros países africanos e caribenhos.
1988. Profere a conferência inaugural da Série Anual de Conferências Internacionais W. E. B. DuBois em Accra, República de Gana, promovida pelo Centro de Estudos Pan-Africanos W. E. B. DuBois, e visita o país a convite do governo. Participa da Comissão Nacional para o Centenário da Abolição da Escravatura. Realiza exposição individual intitulada Orixás: os Deuses Vivos da África, na sede do Ministério da Educação e Cultura, o Palácio Gustavo Capanema.
1989. Na qualidade de consultor da UNESCO para assuntos culturais, passa um mês em Angola. É eleito Presidente do Memorial Zumbi e atua no Conselho de Curadores da Fundação Cultural Palmares, Ministério da Cultura. É nomeado Conselheiro representante do Município no Conselho de Contribuintes do Município do Rio de Janeiro, Secretaria Municipal de Fazenda.
1990. A convite da SWAPO (movimento de libertação nacional transformado em partido político eleito ao primeiro governo da nação), participa da cerimônia de independência da Namíbia e posse do Governo Sam Nujoma, em Windhoek.
1990-91. Durante um ano atua como Professor Visitante, Departamento de Estudos Africano-Americanos, Temple University, Philadelphia. Acompanha Darcy Ribeiro e Doutel de Andrade na chapa do PDT para o Senado, sendo eleito suplente de senador.
1991. Assume a pasta de Secretário de Estado para a Defesa e Promoção das Populações Afro-Brasileiras (SEAFRO) no Governo do Rio de Janeiro. A convite do Congresso Nacional Africano (ANC) da África do Sul, participa de sua 48a Conferência Nacional presidido por Nelson Mandela, em Durban. É nomeado membro do Conselho de Cultura do Estado do Rio de Janeiro.
1991-92. Assume a cadeira no Senado. Integra a comitiva presidencial em visita a Angola, Moçambique, Zimbabwe, e Namíbia. Participa no Primeiro Congresso Internacional sobre Direitos Humanos no Mundo Africano, patrocinado pela organização não-governamental AFRIC e realizado em Toronto, Canadá.
1993-94. Retoma a Secretaria Extraordinária de Defesa e Promoção das Populações Afro-Brasileiras.
1995. Participa das atividades do Tricentenário de Zumbi dos Palmares, em vários estados e municípios do Brasil e nos Estados Unidos. Lança o livro Orixás: os Deuses Vivos da África, com reproduções de suas pinturas, texto sobre cultura e experiência afro-brasileiras, e textos críticos de diversos autores (africanos, norteamericanos, caribenhos, e brasileiros) sobre a sua obra de artes plásticas. É Patrono do Congresso Continental dos Povos Negros das Américas, realizado no Parlamento Latinoamericano em São Paulo, em comemoração ao Tricentenário da Imortalidade de Zumbi dos Palmares, 20 de novembro de 1995.
1996. Recebe da Câmara Municipal de São Paulo o título de Cidadão Paulistano.
1997. Assume em caráter definitivo o mandato de senador da República. Recebe o prêmio de Menção Honrosa de Direitos Humanos outorgado pela Comissão de Direitos Humanos da OAB-SP. Realiza exposição de pintura no Salão Negro do Congresso Nacional.
1998. Participa com um comentário ao Artigo 4º da Declaração de Direitos Humanos por ocasião do cincoentenário desse documento da ONU em 1998, incluído em volume organizado e publicado pelo Conselho Federal da OAB. Outros artigos foram comentados por personalidades como o rabino Henry Sobel, Adolfo Pérez Esquivel, Evandro Lins e Silva, Dalmo de Abreu Dallari, João Luiz Duboc Pinaud, e outros. Realiza exposição de pintura (28 telas) na Galeria Debret em Paris.
1999. Assume, como titular fundador, a Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania do Governo do Estado do Rio de Janeiro. É homenageado pela Câmara Municipal de Salvador entre cinco personalidades do mundo africano: Malcolm X, Abdias Nascimento, Martin Luther King, Patrice Lumumba, Samora Machel.
2000. Extinta a Secretaria de Estado de Direitos Humanos, preside provisoriamente o Conselho de Direitos Humanos e volta a dedicar-se às atividades de escritor e pintor. Recebe o título de Doutor Honoris Causa da Universidade Federal da Bahia.
2001. É agraciado pelo Schomburg Center for Research in Black Culture, centro de referência mundial que integra o sistema de bibliotecas públicas do município de Nova York, com o Prêmio Herança Africana comemorativo dos 75 anos da fundação daquela instituição. A comissão de seleção dos premiados foi constituída pelo ex-prefeito de Nova York, David N. Dinkins, a poetisa Maya Angelou, o cantor Harry Belafonte, o ator Bill Cosby, a diretora da editora Présence Africaine Mme. Yandé Christian Diop, o professor Henry Louis Gates da Harvard University, a coreógrafa Judith Jamison, o cineasta Spike Lee e o reitor da Universidade das Antilhas Rex Nettleford. As outras cinco personalidades homenageadas com o prêmio em cerimônia realizada na sede da ONU foram o intelectual senegalês e ex-diretor da UNESCO M. Amadou Mahktar M’Bow, a coreógrafa e antropóloga Katherine Dunham, a ativista dos direitos civis e fundadora da Organização das Mulheres Negras dos Estados Unidos Dorothy Height, o fotógrafo Gordon Parks, e músico e fotógrafo Billy Taylor.
Convidado pela Fórum Nacional de Entidades Negras, faz o discurso de abertura da 2ª Plenária de Entidades Negras Rumo à 3ª Conferência Mundial Contra o Racismo, Rio de Janeiro, 11 de maio de 2001.
É agraciado com o Prêmio Cidadania 2001, da Comunidade Bah’ai do Brasil, conferido em Salvador em junho.
Inaugura-se em julho o Núcleo de Referência Abdias Nascimento, contra o Racismo e o Anti-Semitismo, e seu Serviço Disque-Racismo, iniciativas da Fundação Municipal Zumbi dos Palmares, Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes, Estado do Rio de Janeiro.
Profere discurso de abertura do 1º Encontro Nacional de Parlamentares Negros, Salvador, Bahia, 26 de julho de 2001.
Convidado pela Coalizão de ONGs da África do Sul (SANGOCO), profere palestra na mesa Fontes, Causas e Formas Contemporâneas de Racismo, Fórum das ONGs, 3ª Conferência Mundial Contra o Racismo, Durban, África do Sul, 28 de agosto de 2001.
É agraciado com a Ordem do Rio Branco, no grau de Oficial, Brasília, outubro de 2001.
É agraciado com o Prêmio UNESCO, categoria Direitos Humanos e Cultura de Paz, outubro de 2001.
2002. Lança os livros O Brasil na Mira do Pan-Africanismo (CEAO/ EdUFBA) e O Quilombismo, 2ª ed. (Fundação Cultural Palmares).
É convidado pelo Liceu de Artes e Ofícios da Bahia a ser o palestrante da segunda de suas novas Conferências Populares, continuando essa tradição centenária no seu 130o aniversário.
Participa das comemorações do Dia Nacional da Consciência Negra em Porto Alegre, 20 de novembro.
É homenageado pela Comissão Nacional de Direitos Humanos do Conselho Federal de Psicologia, na sua 4ª Conferência Nacional realizada em Brasília em 11 de dezembro, como personalidade destacada na história dos direitos humanos no Brasil.
Exposição Abdias do Nascimento: Vida e Arte de um Guerreiro, Centro Cultural José Bonifácio, Rio de Janeiro, inaugurada em dezembro.
2003. Discursa, na qualidade de convidado especial, na inauguração da Secretaria Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Brasília, 21 de março.
É homenageado pela Fala Preta! Organização de Mulheres Negras de São Paulo, como personalidade destacada na defesa dos direitos humanos dos afrodescendentes brasileiros, 22 de abril.
Publica em maio edição em fac-símile do jornal Quilombo (São Paulo: Editora 34).
Recebe o Diploma da Camélia, Campanha Ação Afirmativa/ Atitude Positiva, CEAP e Coalizão de ONGs pela Ação Afirmativa para Afrodescendentes, Rio de Janeiro, 17 de novembro.
Recebe o Prêmio Comemorativo das Nações Unidas por Serviços Relevantes em Direitos Humanos, Rio de Janeiro, 26 de novembro.
2004. No Seminário Internacional Políticas de Promoção Racial, recebe o Prêmio de Reconhecimento da Secretária Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro. Brasília, 21 de março de 2004.
Recebe homenagem da Presidência da República aos 90 anos “do maior expoente brasileiro na luta intransigente pelos direitos dos negros no combate à discriminação, ao preconceito e ao racismo”. Brasília, 21 de março de 2004.
Recebe prêmio de Reconhecimento 10 Years of Freedom – South Africa 1994-2004, do Governo da África do Sul, abril de 2004.
Profere palestra “Memorial de Luta”, no Seminário O Negro na República Brasileira: Pautas de Pesquisa, promovido pelo Núcleo Interdisciplinar de Reflexão e Memória Afro-Descendente da PUC-Rio, maio de 2004.
Participa do VII Congresso da BRASA, Associação de Estudos Brasileiros, na qualidade de homenageado no Painel sobre a sua vida e obra, realizado em sessão plenária do dia 10 de junho de 2004, na PUC-Rio.
Participa do Fórum Cultural Mundial, realizado em São Paulo em julho de 2004, como homenageado no painel Abdias Nascimento, um Brasileiro no Mundo, organizado pela SEPPIR, em que é lançado oficialmente o seu nome para o prêmio Nobel da Paz, ampliando a repercussão da indicação feita pelo Instituto de Advocacia Ambiental e Racial – IARA.

Nada como o tempo e a mão das estações.

"por isso eu não deixo de caminhar.. não deixo de procurar"

MORREU NESTA MANHÃ ABDIAS NASCIMENTO. UMA PERDA PARA O BRASIL, UMA PERDA PARA O POVO NEGRO!"

In negritude on Maio 24, 2011 at 12:56 pm

N°o 1- 24  de  Maio ano 2011 -Guaíba- RS -Brasil
REVISTA CONEXÃO AFRO

Ebony-300x202Prezados senhores e senhoras, sacerdotes e sacerdotisas,
Acabei de ler no Facebook no Link de Jamir Motta que informou que leu está notícia lamentável pelo grupo HOMENS DO AXÉ?
Falecimento do nosso icone,personalidade, celebridade o GUERREIRO ABDIAS DO NASCIMENTO hoje pela manhã.
De fato é uma perda irreparável para o Movimento Negro do Brasil e do mundo! uma de nossas grandes referências históricas.
Mas omo orisá Abdias volte para o Orun (céu) acompanhado da Corte de Olodumarê que dão Vivas e Batem palmas pelo seu regresso junto com anjos, quirubins, mestres, encantados neste mês em que não Comemoramos uma AboliçãoInacabada mas Festejada seu dia 13 de maio pelos nossos Pretos e Pretas velhas que com suas rezas, ladainhas, benzimentos, louvações e cantigas estão lhe abençoando com nossos galhos de arruda, guiné alecrim, lhe brindando com vinho, café e chá de erva cidreira  lhe saudando com o Rosario de Nossa Senhora que seja sua guia em nome dos: Pai Venâncio, Maria Conga, Pai Joaquim, Vovó Catarina, Pai Mané, Vó Cambinda……..
Carinho e axé,
EGBOMY CONCEIÇÃO REIS D’ O’GÚN
COORDENADORA DO INTECAB-SP
COORD. NACIONAL DE QUILOMBO URBANO DO MNU
EX-CONSELHEIRA CNPIR/SEPPIR
CONTATOS:
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