N°o1- 31 de ag0sto ano 2011 -Guaíba- RS –Brasil
REVISTA CONEXÃO AFRO
Coluna Rouxinol de Egbomy Conceição Reis de Ogum
Conselho da Comunidade Negra do Estado de São Paulo Elege Marco Antonio Zito novo presidente
No último dia 05, em São Paulo, foi realizada a 1ª reunião de trabalho do Conselho de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra do Estado de São Paulo. A reunião contou com a eleição da diretoria do Conselho, que escolheu o novo presidente: o advogado Marco Antonio Zito Alvarenga.
A coordenadora municipal de Promoção da Igualdade Racial e do Centro de Referência Afro, Alessandra de Cássia Laurindo, participou da atividade a convite da secretária de Justiça e da Defesa da Cidadania, Eloísa de Sousa Arruda. Alessandra integra o Conselho, como membro da sociedade civil. Para ela o momento é de expectativa, pois “todos os conselheiros assumiram o compromisso de realmente trabalhar pelo Estado e conseqüentemente pela região que representa”.
“Vamos ver, de fato, esse empenho na prática, fazendo prevalecer as suas atribuições que são assessorar o poder executivo no acompanhamento e elaboração de políticas públicas, desenvolver estudos e pesquisas, denunciar e acompanhar casos de violações dos direitos da população negra”.
Neste primeiro momento, os conselheiros eleitos elaboram um plano de trabalho e aguardam a convocação oficial para posse, que será realizada na presença do governador Geraldo Alckmin, em data a ser definida.
Eloísa de Sousa Arruda parabenizou os novos conselheiros e ressaltou a importância dos representantes se engajarem na luta dos afrodescendentes no Estado de São Paulo.
A secretária destacou a necessidade de ajuda às comunidades dos Quilombolas do Vale do Ribeira, que passam por muitas dificuldades devido à devastação da chuva da última semana e solicitou solidariedade para a arrecadação de produtos de higiene pessoal, material de limpeza, roupas e alimentos não perecíveis.
Novo presidente
O novo presidente, que presidiu a Comissão do Negro e Assuntos Anti-Discriminatórios da OAB paulista, disse que o principal objetivo da gestão é abrir o Conselho para a comunidade. “As portas do Conselho estarão abertas para a adoção de uma política de inclusão e ação afirmativa”, acrescentou.
De acordo com Zito, “o Conselho tem autonomia e terá todo espaço, mas não deixa de ser uma instituição pública. Vai fazer os embates e os enfrentamentos necessários para que o Estado nos reconheça. Não pode trabalhar cabisbaixo perante o Estado. Se o Estado reconhece a existência desse mal, o racismo, o Estado tem de adotar caminhos para revertê-lo”, afirmou, acrescentando que sua gestão “não será só de reivindicações, mas de proposição, inclusive com articulação de políticas perante o Legislativo”.
Nessa linha, uma das metas será a participação da comunidade negra paulista nas questões que mobilizarão a sociedade, como um todo. “A questão da Copa é um desses temas. O negro não pode só estar como jogador da seleção, mas participando de frentes de trabalho e em tudo o que a Copa vai trazer para o Brasil”, afirmou.
Zito obteve o apoio de 22 dos 29 conselheiros presentes (75,8%), na primeira reunião do colegiado.